sábado, 6 de junho de 2015

A ARTE COMO FORMA DE EXPRESSÃO

 






“Porque é que isto é arte?” , “O que é a arte?”  Poucas perguntas provocarão polémica mais acesa e tão poucas respostas satisfatórias. Embora não se possa chegar a conclusão alguma, é possível ainda assim lançar alguma luz sobre estas questões.  Arte, do latim ars e do grego teknê , significa técnica ou habilidade, a um saber fazer, é uma espécie de conhecimento técnico, mas também ao trabalho, à profissão, ao desempenho de uma tarefa. A arte pré-histórica desenvolveu-se entre o Paleolítico Superior e o Neolítico, onde aparecem as primeiras manifestações que podem ser consideradas como arte. No Paleolítico o homem, dedicado à caça e vivendo em cavernas, praticou a chamada arte rupestre. No Neolítico tornou-se sedentário e desenvolveu a agricultura, com sociedades cada vez mais complexas, onde a religião ganhou importância. São exemplos os monumentos megalíticos e um início de produção artesanal na forma de vasos de cerâmica e estatuetas. No Egito e na Mesopotâmia viveram as primeiras civilizações altamente estruturadas, e seus artistas/artesãos produziram obras complexas que já apresentavam uma especialização profissional. A arte egípcia  caracterizou-se  pelo carácter religioso e político, com destaque para a arquitectura, a pintura e a escultura. A escultura e a pintura mostram  a figura humana  num estilo fortemente hierático e esquemático, devido à rigidez dos seus cânones simbólicos e religiosos. A arte mesopotâmica desenvolveu-se em especial na área entre os rios Tigre e Eufrates, sendo testemunha de culturas diferentes, como os sumérios, acadianos, assírios e persas. Na sua arquitectura incluem-se os zigurates, grandes templos piramidais em degraus, enquanto que na escultura predominam cenas religiosas, de caça e de guerra, com a presença de figuras humanas e animais reais ou mitológicos. 

 
                                                            Ilustração de homem executando a chamada arte rupestre (arq. priv.)
 


                                       Cena ilustrando uma caçada em arte rupestre no interior de uma caverna
                                                                                      em Cuevas de La Valltorta (arq. priv.)
 


  Peças do neolítico do espolio de Tholos do Escoural (Museu Nacional de Arqueologia)
 



                                           Imagem da Vénus de Willendorf (Museu de Historia Natural de Viena)





                                                                         Lança pertencente a Lugal, rei de Kish de à 2600 a. C.
                                                                                                                (col. priv.)

  

    Estela do rei Eannatum, narrando a sua vitória sobre a cidade de Umma de à 2450 anos a.C. (col. priv.)
                                                                                      
 
 
 Portão da deusa Inanna, representando o leão de Inanna (Museu Pergamon, Berlin)



                                                                                   Gudea de Lagash representado em estátua
                                                                                                         (Museu do Louvre)
 



Entrada da pirâmide de Gize no Egipto (arq. priv.)



                                                            Templo de Abu Simbel no Egipto (arq. priv.)



            Pintura egípcia sobre estuque de Nebamon caçando (Museu Britânico, Londres)


 

                                                             Busto de Nefertiti (Museu Alte, Berlin)

 

Pintura egípcia representando uma mumificação com o deus Anubis (col. priv.)

 

                                                 Mascara mortuária de Tutankamon (Museu egípcio, Cairo)



 
Na antiguidade greco-romana não se vislumbrava qualquer diferenciação entre arte e técnica, o mesmo é dizer, entre artista e artesão. O técnico era aquele que executava um trabalho, fazendo-o com uma espécie de perfeição ou estilo, em virtude de possuir o conhecimento e a compreensão dos princípios envolvidos no desempenho. Sempre associada ao trabalho dos artesãos, a arte era susceptível de ser aprendida e aperfeiçoada, até se tornar uma competência especial na produção de um objecto. Depois de um começo em que se salientaram as civilizações Minoica e Micênica, a arte grega desenvolveu-se em três períodos: arcaico, clássico e helenístico. Ao longo da nossa história como seres humanos, a arte sempre procurou surpreender-nos, maravilhar, chocar e até por vezes, indignar-nos perante as escolhas de temas e a forma como são abordados pelos artistas. Não importa a reacção, a verdade é que a arte sempre foi uma forma de expressão do que sentimos, vemos, precisamos fazer, das aspirações de uma comunidade, em suma, do pulsar dos tempos. Faz portanto todo o sentido que a cultura através da arte como veículo, seja um pilar de sustentabilidade. 
No ocidente, um conceito geral de arte, ou seja, aquilo que teriam em comum coisas tão distintas como, por exemplo, a poesia de Homero, os autos  de mistério medievais, uma catedral gótica ou um retábulo barroco, só se começou a formar em meados do século XVIII, embora a palavra já estivesse em uso há séculos para designar qualquer habilidade particular ou especial. Na antiguidade clássica, uma das principais bases da civilização ocidental e a primeira cultura que reflectiu sobre o tema, considerava-se arte qualquer actividade que envolvesse uma habilidade especial: habilidade para construir um barco, para comandar um exército, para convencer o público discursando, em suma, qualquer actividade que se baseasse em regras definidas e que fosse sujeita a um aprendizado e desenvolvimento técnico. Em contraste, a composição musical e a poesia, por exemplo, não eram  tidas como arte, pois era considerada fruto de uma inspiração.  Em meados do ano 1000 aparecem os  primeiros coros  na Europa, nos mosteiros e comunidades religiosas, numa herança do culto judaico, acredita-se porém, que no século I os cristãos  em Roma já cantavam em coro. Já na Grécia Antiga  faz-se referência a um coro, ligado ao teatro grego. Platão definiu arte como uma capacidade de fazer coisas de modo inteligente através de um aprendizado, sendo um reflexo da capacidade criadora do ser humano;  já Aristóteles  definiu-a  como uma disposição de produzir coisas de forma racional, e Quintiliano entendia-a  como aquilo que era baseado num método  e ordem. Por sua vez Cassiodoro  destacou o seu aspecto produtivo e ordenado, assinalando três funções para ela: ensinar, comover e agradar ou dar prazer. Esta visão atravessou o período da Idade Média, em que arte nesse período, sendo uma derivação directa da arte romana, inicia com a arte paleocristã, após a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano. Trabalharam as formas clássicas para interpretar a nova doutrina religiosa. Porém, logo o estilo clássico se pulverizou numa multiplicidade de escolas regionais, com o aparecimento de formas mais esquemáticas e simplificadas. 


                                                                Construção grega em Atenas (arq. priv.)

 


 
                                                          Vaso grego (Museu Calouste Gulbenkian)



                                                         Vaso grego em forma de ânfora (col. priv.)




    O coliseu, um dos monumentos mais conhecidos da Antiga Roma (foto de Urse Ovidiu)



                                                              Estátua de Augusto de prima porta
                                                                                                       (Museus do Vaticano)



                                                                  Vaso romano (arq. priv.)



    Pormenor de mosaico romano da casa de Pantera do ano IV d.C. (Museu Nacional de arte romana, Badajoz)



                                                          Templo romano de Évora (arq. priv.)



                                                            Imagem de Lar romano, século I d.C.
                                                                                                   (Museu do Prado, Madird)



    Cena da Natividade num sarcófago romano do séc. IV (Museu Nacional Romano, Roma)




Mas será na época do Renascimento que se inicia uma mudança, separando os ofícios produtivos e as ciências das artes propriamente ditas, incluindo-se pela primeira vez a poesia no domínio artístico. O Renascimento e o chamado Maneirismo (nome empregado para designar as manifestações artísticas desde 1520, momento quando se inicia a crise do renascimento, até o início do século XVII), assinalam o início da arte moderna. As novas descobertas geográficas levaram a civilização europeia a expandir-se para todos os continentes, e através da invenção da imprensa a cultura universalizou-se. O estilo da sua arte foi inspirada basicamente na arte clássica greco-romana e na observação científica da natureza. O conceito de beleza  relativizou-se, privilegiando-se a visão pessoal e a imaginação do artista em detrimento do conceito mais ou menos unificado e de índole científica do Renascimento. Também se deu valor ao fantástico e ao grotesco. Para Giordano Bruno (1548-1600), havia tantas artes quantos eram os artistas, introduzindo o conceito de originalidade, pois para ele a arte não tem normas, não se aprende e surge da inspiração.


                                              Arquitectura de igreja bizantina (foto de Leandro Neumann Ciuffo)



     Frontal de altar pintado, autor anónimo, século XII (Museu Nacional de Arte da Cataluña)



                                                                 Retábulo com imagem de São Luís (col. priv.)



Catedral de Notre Dame de Paris (arq. priv.)



                                                   Manuscrito da Missa O Crux Lignum de Antoine Busnois do sec. XV (col. priv.)
 


Representação de músicos da época medieval (col. priv.)




 
                                                                                Rosácea lateral de vitral da catedral de Chartres,
                                                                                  representando o resumo da ordem do Universo
                                                                                                               (arq. priv.) 
      


                                                     Tapeçaria de meados do séc. XV intitulado "La Dame à la licorne", por L'Odorat
                                                                                                      (Museu de Cluny, Paris)


 

Só a partir do século XVIII começou a consolidar-se a estética  como um elemento-chave para a definição de arte como hoje a entendemos; a despeito da vagueza e inconsistências do conceito. Até então toda a arte do ocidente estava indissociavelmente ligada a uma ou mais funções definidas, ou seja, era uma actividade essencialmente utilitária: servia para a transmissão de conhecimento, para a estruturação e decoração de rituais e festividades, para a invocação ou mediação de poderes espirituais ou mágicos, para o embelezamento de edifícios, locais e cidades, para a distinção social, para a recordação da história e a preservação de tradições, para a educação moral, cívica, religiosa e cultural, para a consagração e perpetuação de valores e ideologias socialmente relevantes, e assim por diante. O barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, numa forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente. Na sua sequência foi o Rococó, surgido a partir de meados do século XVIII, com formas mais leves e elegantes, privilegiando o decorativismo, a sofisticação aristocrática e a sensibilidade individual. Ao mesmo tempo que se firmava uma corrente iluminista, pregando o primado da razão e um retorno à natureza. Esta mudança de paradigma estava ligada a transformações culturais desencadeadas pelo chamado método científico e o iluminismo. Estas correntes de pensamento passaram a defender a tese de que a arte não era uma ciência, não podia descrever com exactidão a realidade, e por isso não poderia ser um veículo adequado para o conhecimento verdadeiro. Não sendo uma ciência, a arte passou para a esfera da  emoção e da sensibilidade.


                                          Construção do período renascentista Torre de Pisa em Itália (arq. priv.)



    Fresco renascentista representando a Escola de Atenas por Rafael entre 1509-1511 (Palácio Apostólico, Vaticano)



O homem vitruviano segundo a interpretação de Leonardo da Vinci (col. priv.)



                                                                 Retrato de Mona Lisa ou A Gioconda por Leonardo da Vinci 1506 
                                                                                                   (Museu do Louvre, Paris)



     Painéis São Vicente de Fora o séc. XV por Nuno Gonçalves (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa)




                                                 Painel de São Pedro por Vasco Fernandes para a Sé de Viseu por volta de 1530-1535
                                                                                                (Museu Grão Vasco, Viseu)
 


     Mosteiro da Santa Maria de Belém, Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa, finais dos sés. XVI (arq. priv.)


 

                                                  Imagem de Nossa Senhora do Leite finais do séc. XVI,
                                                                                              autor desconhecido (col. pess.)



                                                Batalha de Montes Claros, painel de azulejos do séc. XVII (Palácio de Fronteira, Lisboa)



 
 Altar em estilo barroco do séc. XVIII da igreja de São Francisco de Salvador da Bahia (arq. priv.)
 
 
 
 
Imagem de Nossa Senhora da Conceição do séc. XVIII,
 estilo barroco indo português (col. priv.) 
 
 
 
 
                                                                        Peça de cerâmica portuguesa estilo barroco do séc. XVIII
                                                                                                                   (col. priv.)



    Um dos expoentes da arquitectura barroca no séc. XVIII em Portugal, o palácio e convento de Mafra (arq. priv.)



      Pintura estilo rococó intitulada "The Swing" de 1767 por Fragonard
           (Wallace Collection, London)




                               Painel de azulejos portugueses do séc. XVIII do salão nobre (Museu dos Biscainhos, Braga)
 


     Um  os expoentes da arquitectura rococó no séc. XVIII em Portugal, o palácio Nacional de Queluz (arq. priv.)

 


O esteticismo foi um dos elementos teóricos básicos para a emergência do designado Romantismo, já no século XIX, que rejeitou o utilitarismo da arte e deu um valor principal à criatividade, à intuição, à liberdade e à visão individuais do artista, erigindo-o ao status de Deus e profeta,  fomentando com isso o culto do génio. Por outro lado, o esteticismo ofereceu uma alternativa para a descrição de aspectos do mundo e da vida que não estão ao alcance da ciência e da razão. Surge também o Realismo que se caracteriza como um movimento cultural e literário, ocorrido na segunda metade do século XIX aproximadamente, marcando uma total mudança de pensamento em relação ao Romantismo. O pintor Silva Porto é tido com um dos fundadores deste movimento em Portugal. Nesse período, devido às mudanças sociais ocorridas, os artistas passaram a ver o mundo de maneira completamente diferente, dando lugar a uma visão bem mais crítica da realidade que os cercava. É também no século XIX que o canto coral passa a ser disciplina obrigatória nas escolas de Paris. Nessa mesma época surge a ideia dos Festivais de Música. A prática coral passa a ter um carácter e compromisso mais social. No século XX, acontece o aprimoramento de determinadas práticas e acontece o retorno às origens de cada estilo, procurando através da pesquisa, delinear o espírito de cada época, na qual cada obra foi criada. A obra de arte é um espelho da sua época.


                                              Pintura romântica intitulada "O guarda sol" de Francisco de Goya finais dos séc. XVIII
                                                                                                           (Museu do Prado, Madrid)

 
 
          Pintura romântica do séc. XIX intitulada "A liberdade guiando o povo" por Eugène Delacroix, em 1830 
                                                                                                     (Museu do Louvre, Paris)
 
  
 
    Exemplo da arte romântica em Portugal do séc. XIX o palácio da Pena em Sintra de 1840 (arq. priv.) 
     
                                                                                                                                       
              

                                                            Escultura em bronze intitulada "O desterrado" de Soares dos Reis, 1872
                                                                                                        (Museu do Chiado, Lisboa)

                                           

                                                            Pintura romântica intitulada "Hide and seek" de 1877 por James Tissot
                                                                                      (The National Gallery of Art, Washington)

                                                           


                                                    Candeeiro a azeite (sistema moderateur) em porcelana de meados do séc. XIX
                                                                                          decorado ao estilo romântico (col. pess.)
                                          
                                                                      


                                                    Capa de caderno de pautas de músicas típicas do
                                                                                        período romântico, a polka (col. pess.) 
                                                                                       



                                                       Pintura do final do romantismo intitulada "En plein solei" por James Tissot 1881
                                                                                          (Metropolitan Museum of Art, New York)

 

     Escadaria principal do palacete Ribeiro da Cunha no Largo do Príncipe Real em Lisboa (arq. priv.)



    Castelo de Neuschwanstein, já em estilo neorromântico 1886, visto de Marienbrücke (arq. priv.)



     Pintura do séc. XIX em estilo realista por Jožef Petkovšek (National Gallery of Slovenia)



     Pintura em estilo realista portuguesa do séc. XIX intitulado "colheita ceifeiras" de Silva Porto, 1893 (col. priv.)

 
 

O século XX caracterizou-se  por um forte ênfase no questionamento das antigas bases da arte, propondo-se  criar um novo paradigma de cultura e sociedade assim como derrubar tudo o que fosse tradição. Até meados do século as vanguardas foram enfeixadas no rótulo de modernistas, e desde então elas sucedem-se cada vez com maior rapidez, chegando aos dias de hoje a um estado de total pulverização dos estilos e estéticas, que convivem, dialogam, influenciam-se e  enfrentam-se mutuamente. Também surgiu uma tendência de solicitar a participação do público no processo de criação, e incorporar ao domínio artístico uma variedade de temas, estilos, práticas e tecnologias antes desconhecidas ou excluídas. Entre as inúmeras tendências do século XX podemos citar: art nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstraccionismo, expressionismo, realismo socialista, cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo, informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de acção (performance, happening, fluxus, instalação), op art, videoarte, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo, land art, arte povera, body art, arte pós-moderna, transvanguarda, neoexpressionismo. A definição de arte no século XX tornou-se  tão complexa, volátil e subjectiva que muitos estudiosos abandonaram de todo a ideia de que a definição do que é arte é de alguma forma possível. A título de exemplo, cite-se algumas opiniões: 
Morris Weitz (1916-1981), declarou que "o próprio carácter aventuroso e expansivo da arte, suas constantes mutações e novidades, torna ilógico que estabeleçamos qualquer conjunto de propriedades definidas".
Wladyslaw Tatarkiewicz (1886-1980), afirmou que "o nosso século chegou à conclusão de que conseguirmos uma definição abrangente do que é arte é não apenas algo dificílimo, como impossível". 
Estas visões, porém, não impediram que outros críticos lançassem opiniões diferentes, crendo ser possível uma definição lógica.
 

                                                              A torre Eiffel em Paris, um dos monumentos em estilo art nouveau
                                                                                             de finais do séc. XIX (arq. priv.)
                                                                              


    Pintura em estilo  abstracionista intitulado "Fugua" por Wassily Kandinsky, 1914 (col. priv.)
 
 
 
Escultura de mulher em bronze e pedra,  meados dos anos 20 estilo art decó, de Fayral (col. priv.)
 
   
 
            Pintura em estilo surrealista de 1925 intitulada "Arlequim de Carnaval" de Joan Miro (Art Gallery, Buffalo)
 
   

Obra intitulada GUERNICA de Pablo Picasso 1937 ( Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, Madrid)



                             Pintura mural de Paulo Ferreira intitulada "Nossa Senhora da Nazaré", início dos anos 40
                                                                                              (Museu de Arte Popular, Lisboa)




                                Pintura a óleo sobre tela intitulado "Xeque-Mate" de Vieira da Silva, 1949/50 (col. priv.)
  


                                                    Objecto do quotidiano o espremedor estilo Bauhaus
                                                                                         de meados dos anos 50 (col. priv.)




Esculturas em bronze intituladas "Os Candangos" de José Cruz, na cidade de Brasília (arq. priv.)
 



     Obras dos anos 60 no estilo artístico designado pop art de Andy Warhol (col. priv.)

                                                                            


                                      Escultura intitulada "Femme" de Joan Miro, 1981 (Casa de la Ciutat, Barcelona)



                                                                       Pintura de 1987 intitulada "Maids" de Paula Rego (col. priv.)



                                          Arquitectónico modernista de 1998, Pavilhão de Portugal no Parque das Nações em Lisboa
                                                                                  da autoria de Álvaro Siza Vieira (arq. priv.)



                                                                                      Escultura de bronze em Castelo de Vide
                                                                                                        (foto Paulo Nogueira)

 

 Graffiti da década de 2000 em Nova Iorque (arq. priv.)
 
 
 
Diversos tipos de dança (arq. priv.)



                                              Actuação de canto coral (foto Coro de câmara Outros Cantos)



                                                          Teatro e representação em palco (arq. priv.)


 
                                                                                       Projecção de cinema e vídeo (arq. priv.)



                                                                                           Imagem de arte digital (arq. priv.)




                                                                             Arte final dos vídeo jogos (foto do fabricante)



A pintura é uma forma de arte plástica ou visual, incluem paisagem, retrato, nu, natureza morta, cena histórica, etc. Já a poesia é uma forma de literatura. Uma forma de arte é uma forma específica de expressão artística, é um termo mais específico do que arte em geral, mas menos específico do que género. Alguns exemplos incluem Arquitectura, Arte digital, Banda desenhada, Cinema, Dança, Desenho, Escultura, Graffiti, Fotografia, Literatura (Poesia e Prosa), Teatro, Música, Pintura, etc. Um género artístico é o conjunto de convenções, temáticas e estilos dentro de uma forma de arte e media. Por exemplo, o Cinema e o Vídeo, possuem uma gama de géneros, como aventura, horror, comédia, romance, ficção científica, etc. Na música, há centenas de géneros musicais, que variam de região, cultura, e vai da música erudita clássica, à música folclórica, ao rock, música pop, muzak, etc. Existem várias expressões que servem para descrever diferentes manifestações de arte, por exemplo: artes plásticas, artes cénicas, arte gráfica, artes visuais, etc. 



                                                                                 A arte da pintura e a obra final (arq. e col. priv.)




                                              A arte da escultura com cinzel e a obra final (arq. e col priv.)




                                                                                       Produção de fotografia (arq. pess.)




                                            A arte da fotografia (fotos de Paulo Nogueira e Manuel Gonçalves)




                                                    Orquestra sinfónica de Rio Claro na abertura da temporada de 2012 (arq. priv.)




                                                       Bastidores de produção de cinema (arq. priv.)



                                                                                             Produção de vídeo (arq. pess.)



                                                           Produção de vídeo jogos (foto do fabricante)





                                                          Banda desenhada e arte digital (arq. priv.)



 




                                                                   Arte do graffiti na Rua Dr. Francisco Sousa Tavares jornalista,
                                                                                  na Damaia, Amadora (fotos Paulo Nogueira) 


 

Alguns autores (como Hegel e Ricciotto Canudo) e pensadores, organizaram as diferentes artes numa lista numerada. A inclusão de algumas formas de arte não foi muito consensual, mas com a evolução da tecnologia, esta é a lista mais comum nos dias de hoje para caracterizar as artes:

1ª Arte - Música
2ª Arte - Dança / Coreografia
3ª Arte - Pintura
4ª Arte - Escultura / Arquitectura
5ª Arte - Teatro
6ª Arte - Literatura 
7ª Arte - Cinema/Vídeo
8ª Arte - Fotografia
9ª Arte - Banda desenhada 
10ª Arte - Jogos de Computador e de Vídeo
11ª Arte - Arte digital

 



                                                     As artes nas suas formas de expressão (arq. priv.)



 
A arte está ligada à estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo qual, trabalhando uma matéria, a imagem ou o som, o homem cria beleza ao se esforçar por dar expressão ao mundo material ou imaterial que o inspira. A arte portanto, pode ser entendida como a actividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, sendo um veículo da sustentabilidade da cultura de um povo e do seu relacionamento com o meio ambiente, reveste-se na importância de preservar a identidade dos povos através de testemunhos concretos e é através destes testemunhos que as gerações vindouras encontraram essencialmente a sua identidade. É pois por isso imperativo que a defesa do património cultural seja inserida nas estratégias de desenvolvimento sustentável. Fazendo história e com o objectivo de preservar a cultura em todas as suas cambiantes assim como a sua divulgação, foi inaugurada no passado domingo 31 de Maio de 2015 pelas 18:00 a sede social e cultural cultur'canto, instalada na antiga escola EB1 do lugar de A-da-Perra, município de Mafra, que contou com a presença do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Mafra (C.M.M.), Eng.º Hélder Sousa Silva, as Sras. Vereadora Aldevina Rodrigues e Célia Fernandes e o padre Teodoro, pároco da freguesia, entre outras individualidades deste Conselho, assim como demais convidados amantes da música e da cultura em geral, contou ainda com algumas actuações e demonstrações de diversas expressões artísticas como o canto, música, artes circenses e pintura.  A sede foi inaugurada pelo autarca do município de Mafra o Eng.º Hélder Sousa Silva e o Presidente da Direcção deste novo espaço cultural, Jorge Afonso, ensaiador e maestro do Coro de câmara Outros Cantos. Fica aqui o testemunho deste dia que fez história  na divulgação e promoção da arte em Portugal no conselho de Mafra, com a inauguração deste novo espaço. 
Aqui ficam algumas fotos e a reportagem em vídeo desse dia.
 

     Aspecto do edifício da sede social associação cultural cultur'canto em A-da-Perra, Mafra (foto Paulo Nogueira)



Convidados na cerimonia de inauguração da sede social e cultural cultur'canto (arq. priv.)



    O Presidente da cultur'canto , Jorge Afonso, no discurso da cerimonia inaugural (foto Paulo Nogueira)



                                           Momento da inauguração oficial da sede social de cultura cultur'canto
                                                                            com as Sras. vereadoras e o pároco Teodoro (arq. priv.)



    Placa alusiva à inauguração da sede social e associação de cultura cultur'canto (foto Paulo Nogueira)



                                              Presidente da C.M.M. Eng.º Hélder Sousa Silva e Jorge Afonso Presidente da Direcção
                                                                                      nas instalações da cultur'canto (arq. priv.)





                                                                               Obras de arte e escultura na sede da cultur'arte
                                                                                                         (fotos Paulo Nogueira)
                                                                                    
                                                             

     Convidados da inauguração nas instalações da sede social e cultural cultur'canto (arq. priv.)



                                                                         Aguarela do pintor Rui Pinheiro da sede da cultur'canto
                                                                                                       (fotos Paulo Nogueira)
                                                                  





 



Texto:
Paulo Nogueira

 

Fontes e bibliografia:

ECO, Umberto. Historia de la belleza. Barcelona: Lumen, 2004
WOODFORD, Susan, A Arte de ver a Arte. Círculo do Livro, 1983
JANSON H. W. História da Arte, 4ª edição, Edições da Fundação Calouste Gulbenkien, Lisboa  Novembro , 1989
BOZAL, Valeriano et alli, História de las ideas estéticas y de las teorías artísticas contemporáneas. Madrid: Visor, 2000 vol. I, pag. 324-329


 

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