Alcântara, frequentemente associado ao vocábulo árabe al-quantãrã", "a ponte", a toponímia desde logo remete para a existência de uma ponte, hoje desaparecida, sobre a ribeira com o mesmo nome, Alcântara, dado portanto o nome à ribeira e a esta zona da cidade de Lisboa. A ribeira de Alcântara, de pequena extensão, que nasce na região da Brandoa, local hoje integrado na Freguesia da Mina, Concelho da Amadora, corre depois pelos vales da Falagueira, Benfica e de Alcântara para desaguar no Tejo, numa extensão total de cerca de 10 km. Trata-se de um curso de água que se desenvolve quase exclusivamente em meio urbano. O troço superior, conhecido como ribeira da Falagueira, corre a céu aberto, tendo sido requalificado em 2005 pela Câmara Municipal da Amadora. Esta ribeira entra em Lisboa nas Portas de Benfica e está actualmente canalizada em toda a extensão que compreende o concelho de Lisboa, desde 1967. Alcântara, local com colinas e vales, tinha recursos naturais existentes nas margens da sua ribeira e as terras férteis que permitiam uma agricultura rica e variada, com muitas hortas nos vales aluviais, cereais e vinhas, além de pedreiras de calcário, com fornos de cal, assim como moinhos de marés. Por tudo isto, desde de tempos muito remotos que é mencionada a existência de uma ponte em Alcântara, inicialmente seria construída em madeira, mas foram os romanos, quando dominaram a Península Ibérica, por volta do século III, que terão construído neste local, denominado Horta Navia (segundo uma divindade indígena romanizada), uma ponte em pedra, sólida e maciça, como era seu costume, aproveitando a presença no local de pedreiras calcárias. Foram igualmente todas estas condições que fizeram com que durante o período da ocupação muçulmana estes terrenos fossem ocupados de uma forma ainda mais dispersa. Esta ponte durante séculos cumpriu a sua função de limite da cidade, sendo a única passagem, junto à zona ribeirinha de Lisboa naquele local, para quem se deslocava para terras de Belém e Algés. Apesar da sua escassa importância urbanística, Alcântara é um local com história própria. Diz-se que D. Afonso Henriques (1109 - 1185), terá habitado aí nos primeiros tempos após a conquista de Lisboa. Foi também neste local, junto à velha ponte de Alcântara, quando tudo ali ainda eram campos e a ponte estava solitária, porque ficava num arrabalde despovoado pertencente à freguesia da Ajuda, que se deu a batalha entre D. António, Prior do Crato (1531 – 1595) e o Duque de Alba, D. Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel (1507 – 1582), que comandava as tropas de Filipe II de Espanha (1527 – 1598). Nesta batalha denominada também de Acção da Ribeira de Alcântara, o ataque das tropas do Duque de Alba, iniciou-se às 7 da manhã do dia 25 de agosto de 1580. Foi nessa batalha ocorrida junto à ponte de Alcântara, na margem esquerda da ribeira, que as tropas de Filipe II de Espanha depois de duas tentativas falhadas, acabaram por derrotar as forças portuguesas, obrigando o Prior do Crato, ferido, a recuar para Lisboa meia hora após ter começado a batalha. Resultaram desta batalha 1.500 baixas entre mortos e feridos. Como resultado desta batalha o trono de Portugal ficou nas mãos da dinastia filipina durante sessenta anos, o que conduziu à subida ao trono de Filipe II de Espanha, I de Portugal. Foi como marco deste acontecimento histórico que em janeiro de 1923, foi dado o nome à antiga Rua Direita do Livramento, existente naquele local, a Rua Prior do Crato.
Parque Urbano da Ribeira da Falagueira na Amadora, na actualidade, perto da sua nascente (arq. priv.)
Ribeira da Falagueira e igreja de Nossa Senhora do Amparo em Benfica, em 1863 (arq. priv.)
Aspecto da ribeira de Alcântara ou da Rabicha sob o grande Aqueduto das Águas Livres
no início do séc. XIX (col. pess.)
Ponte em madeira idêntica à que terá existido sobre a ribeira de Alcântara antes do período romano
(arq. priv.)
Típica ponte romana em pedra idêntica à que existiu em Alcântara (arq. priv.)
Representação da Batalha de Alcântara em 25 de agosto 1580 (arq. Biblioteca Nacional de Lisboa)
D. António, Prior do Crato 1531 - 1595 e o Duque de Alba, D. Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel 1507 - 1582 (arq. priv.)
Desenho ilustrando a disposição das tropas aquando da batalha de Alcântara
no local junto à ponte em 1580 (col. pess.)
Depois da restauração da independência de Portugal em 1640, o rei D. João IV dá ordens em 1650, para a elaboração de um projecto geral de fortificação, que irá definir as fronteiras da cidade de Lisboa até ao século XIX. O designado projecto da Linha Fundamental de Fortificação que foi elaborado pelos engenheiros militares Charles Legart, Jean Cosmander e Jean Girot. É no âmbito deste projecto, em 1652 que foram construídos os baluartes do Sacramento e do Livramento, formando assim uma cortina defensiva neste ponto, onde se encontrava uma das portas de entrada de Lisboa. Pelo facto de se tratar de um ponto importante de ligação da cidade de Lisboa ao exterior, pela orla ribeirinha, foi mais tarde, em 1662, por esta ponte de Alcântara que fez a travessia a comitiva da embaixada inglesa em Lisboa, pela ocasião do casamento de D. Catarina de Bragança com Carlos II de Inglaterra. Em 1727 a ponte de Alcântara media, segundo registos, 90 metros de comprimento e 6,20 metros de largura. Toda esta zona de Alcântara sempre pertencera ao designado Bairro do Mocambo, estava ligada a Santos, Ajuda, Belém, Barcarena, Algés e Oeiras. Era designado por lugar de Alcântara, sendo protegida de um crescimento sem planificação, através de um edital que proibia quaisquer construções antes que fosse traçada a planta de expansão da cidade.
Ponte de Alcântara representada em mapa de finais do séc. XVI início do séc. XVII (arq. priv.)
Travessia da ponte de Alcântara pela embaixada inglesa, na ocasião do casamento de
D. Catarina de Bragança com Carlos II de Inglaterra em 1662 (arq. CML)
D. Catarina de Bragança com Carlos II de Inglaterra em 1662 (arq. CML)
Pormenor do painel de azulejos do Palácio dos Condes de Tentúgal séc. XVII com vista de Alcântara
(col. Museu do Azulejo, Lisboa)
Extracto topográfico de Alcântara e local da ponte em 1727 (arq. priv.)
Reprodução do que terá sido a ponte de Alcântara no início do séc. XVIII
por uma artista do séc. XX (col. pess.)
Toda a região de Alcântara viu crescer a sua população assim como o número de casas, hortas e residências nobres no século XVIII, até que se formou um bairro, passando a freguesia por alvará régio de 25 de março de 1742, durante o reinado de D. João V. Este aumento de população obrigou, em 1743 a alargar a ponte de 6,20 metros para 13,50 metros. Esta ponte era formada por três arcos de volta inteira com um tabuleiro horizontal. O arco oriental, por se considerar desnecessário, foi entaipado, talvez já no século XVIII e o ocidental foi vedado em meados do século XIX. Para o lado sul do local da ponte e das suas rampas de acesso eram tudo águas do rio Tejo, que formava uma grande enseada, definida a poente pelas actuais rua 1º de maio e a de Alcântara e a nascente pela rua do Prior do Crato e travessa da Trabuqeta. É também nessa altura, 1743, que é colocada uma estátua da imagem de São João Nepomuceno, protector dos navegantes, sobre o lado norte da ponte, estátua esta encomendada pelos moradores do bairro de Alcântara. A estátua feita em mármore, de estatura considerada colossal, foi uma obra do escultor italiano João António Bellini de Pádua (1690? - 1755?), tendo no plinto desta imagem um escudete com a seguinte inscrição:
S.JÓANNI
NEPOMUCENO
NOVO ORBIS THAUMATURGO
TERRAE AQUI IGNIS AERIQUE
IMPERANTI
ATQUE CUM ALIAS
TUM PRAESERTIUM IN ITINERE
MARITIMO
LUCULENTO SOSPITATORI SUO
GRATI ANIMI ERGO
HANC STATUAM POSUIT
CLIENS DEUOTISS,
M:DCC:XLIII.
JOÃO AN.TO D. PADOA A FES
Na tradução do latim: "A S. João Nepomuceno, novo taumaturgo do mundo, dominador de terra, do fogo, da água e do ar, e sobretudo aplacador dos mares, um seu devoto, reconhecido para com o seu protetor, ergueu esta estátua no ano de 1743 depois de salvo."
Conta a lenda que o escultor terá sido salvo de um naufrágio, atribuindo por isso o milagre àquele santo. As dimensões desta obra são: Plinto: 1,17x1,5 m de frente e 2,65 m de altura; estátua com a sua base: 3,35 m de altura, sendo a altura total 6 m. Esta estátua foi benzida solenemente em 8 de janeiro de 1744, com a presença da rainha D. Maria Ana de Áustria (1693 - 1754), mulher do rei D. João V de Portugal (1689 - 1750), acompanhada dos príncipes. Como curiosidade o escultor desta obra, João António Bellini de Pádua, teria nascido em Itália nos anos 90 do século XVII e terá morrido durante o grande Terramoto de Lisboa em 1755, visto que se desconhece o seu paradeiro a partir dessa data.
Ponte de Alcântara representada no painel de azulejos do Palácio dos Condes de Tentúgal
do séc. XVII (col. Museu do Azulejo, Lisboa)
Imagem de São João Nepomuceno da autoria de João António de Pádua
colocada na guarda norte da ponte Alcântara em 1743
foto Eduardo Portugal
(col. pess.)
Imagem de São João Nepomuceno no Museu Arqueológico do Carmo em Lisboa
na actualidade (foto Paulo Nogueira)
Escudete no plinto da imagem de São João Nepomuceno
com inscrições em latim no Museu Arqueológico do Carmo em Lisboa
(foto Paulo Nogueira)
Toda esta zona de Lisboa só começou a ter uma ocupação urbana a partir do século XVIII, numa altura em que dois importantes acontecimentos transformaram a cidade: o grande terramoto de 1755 (já desenvolvido em artigo anterior) e o início da industrialização. De salientar que a ponte de Alcântara resistiu, como outros monumentos e construções da cidade de Lisboa, ao grande Terramoto. Após o grande Terramoto de 1755, os baluartes do Sacramento e da Livração, ficaram bastante danificados constituindo assim uma fragilização na cortina defensiva neste local da capital. No reinado de D. José I a ponte de Alcântara é modificada tendo sido alargada para o lado norte tendo sido construído um prolongamento e uma nova base para a colocação da imagem de São João Nepomuceno tendo sido colocados grades de protecção em bronze. Por sua vez o lado sul da ponte não foi alterado tendo-se mantido até 1826 com um candeeiro de iluminação publica do tipo cegonha a azeite, tendo este sido substituído por um candeeiro de coluna quando se fez a instalação da iluminação a gás na cidade de Lisboa. Os limites da cidade de Lisboa, definidos na altura do Terramoto de modo a evitar a dispersão do tecido urbano, foram aumentados várias vezes ao longo do século XIX. Em Alcântara, este alargamento dos limites urbanos reflectiu-se, no início de oitocentos, com a passagem das portas da cidade da Praça da Armada para o lado oriental da ponte de Alcântara, tendo sido construído o muro da Circunvalação em 1846 e mais tarde aí colocados portões de ferro e guaritas para as guarnições militares. Em 1852 foram definidos novos limites fiscais da cidade com a concretização da Estrada da Circunvalação que alargava uma vez mais o perímetro urbano de Lisboa, marcando uma nova acessibilidade na cidade. A ponte de Alcântara marcava portanto esse limite fiscal da cidade, foi para isso construído junto ao lado sul da ponte um posto fiscal e do mesmo lado norte situava-se a casa da guarda e da apalpadeira. Os portões na ponte de Alcântara, como barreira da cidade, mantiveram-se até à entrada em vigor da nova linha de Circunvalação de Lisboa, decretada em 1885 e 1886, talvez até 1903, ano em que deixou de se exercer naquele local fiscalização aduaneira. Esta zona de Alcântara, era por excelência, uma zona de veraneio pelas suas características campestres, a rainha consorte D. Estefânia (1837 - 1859), mulher do rei D. Pedro V de Portugal (1837 - 1861), a propósito disso, descreve no seu diário, sobre o poético vale de Alcântara, e provavelmente sobre esta ponte, nas vésperas da era industrial: Duas vezes o Pedro e eu, inteiramente sós, ele à paisana, para ser menos conhecido, fomos passear para os lados do aqueduto do vale de Alcântara, e aí entrámos numa quinta pequena, com uma casa acinzentada, velha, de muros cobertos de trepadeiras, à beira de um rio que se atravessava pela ponte antiga, de pedra.
Vista a zona de Alcântara e da ponte sobre a ribeira em 1756 in Remarques sur la carte
du royaume de Portugal, Jacques Nicolas Bellin (arq. BNF)
Planta topográfica de Lisboa e seus subúrbios, por José Fava em 1807 (a vermelho a localização da ponte)
(arq. AML)
Desenho da ponte de Alcântara por Luiz Gonzaga Pereira em 1826, com a imagem de São João Nepomuceno
e ainda o candeeiro de iluminação pública do tipo cegonha (col. pess.)Extracto de planta da cidade de Lisboa e de Belém vendo-se a ponte
e a ribeira de Alcântara em 1837
(arq. BNP)
Mapa da Circunvalação da cidade de Lisboa in Plantas Topográficas de Lisboa (arq. BNP)
Extracto de mapa topográfico com a Circunvalação de Lisboa de 1852
in Plantas Topográficas de Lisboa
(arq. BNP)
Ponte de Alcântara em meados do séc. XIX já com a iluminação a gás e vendo-se os portões
que condicionavam o acesso à cidade de Lisboa e casas da guarda (arq, AML)
Pormenor dos portões que condicionavam o acesso à cidade de Lisboa na ponte de Alcântara
em meados do séc. XIX (arq, AML)
Ponte de Alcântara em 1862, por Nogueira da Silva in Archivo Pittoresco
(arq. pess.)
Mas os tempos mudaram e a industrialização galopante nesta zona da capital durante o século XIX fizeram com que o caminho de ferro chegasse a Alcântara. Por volta de 1886 ou 1887, a guarda norte da ponte de Alcântara, já reduzida no seu comprimento a 33,7 metros, foi demolida para a construção da estação ferroviária de Alcântara-terra, da linha de caminho de ferro de Lisboa a Sintra e Torres Vedras da então Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses (tema a desenvolver em próximo artigo). Por essa ocasião foi retirada a estátua em mármore de São João Nepomuceno, que em 1889 foi mandada depositar pela Câmara Municipal de Lisboa no Museu Arqueológico do Carmo, onde ainda hoje se encontra e se pode visitar. Em 1888, a guarda sul da ponte de Alcântara, também já reduzida no seu comprimento a 48,7 metros, desapareceu quando se cobriu o que restava da ribeira de Alcântara, entretanto transformada em caneiro, para assentamento da via férrea, que ligaria a linha de Alcântara-Terra a Campolide com a de Alcântara-Mar na linha de Cascais. O arco maior da ponte, único que se conservava, corresponde ao eixo da via férrea e as cancelas da passagem de nível definem aproximadamente o local dos encontros do arco que ali existe soterrado. Com a demolição da guarda sul da ponte de Alcântara desapareceram os últimos vestígios da sua existência. Quem hoje atravessa a Rua Prior do Crato para a Rua de Alcântara, nem suspeita que está a passar por cima do arco soterrado de uma ponte, que teve séculos de existência e que foi testemunha de vários acontecimentos e episódios guerreiros ocorridos na sua vizinhança. O local da ponte de Alcântara, portanto, era na junção das actuais Ruas de Alcântara e a do Prior do Crato e perpendicular à linha férrea que liga a estação de Alcântara-Terra e Alcântara-Mar pelo leito da Rua João de Oliveira Miguens. Outra ponte virá a ser construída nesta zona da cidade de Lisboa, distante do local desta ponte, bem diferente, com outros objectivos e com outras características, como foi a ponte que passou a ligar as duas margens do rio Tejo, há 50 anos. A ponte Salazar ou mais tarde 25 de abril.
Página do Atlas da Carta Topográfica de Lisboa n.º 47, mostrando a zona de Alcântara
e a ponte sobre a ribeira anterior a 1886 (arq. priv.)
Estação ferroviária de Alcântara - Terra em 1887 (col. pess.)
Imagem de São João Nepomuceno
no Museu Arqueológico do Carmo em Lisboa
na actualidade (foto Paulo Nogueira)
Passagem de nível da estação de Alcântara - Terra e Ruas Maria Pia e Prior do Crato
em 1914, foto Joshua Benoliel (arq. AML)
Local onde existiu a ponte de Alcântara na entrada da Rua Prior do Crato
e a passagem de nível em meado dos anos 40, foto Eduardo Portugal
(arq. AML)
Aspectos da rotunda de Alcântara durante as obras de acesso à ponte Salazar,
mais tarde 25 de Abril, em 1966 (arq. AML)
Imagem aérea de Alcântara e do local onde existiu a ponte sobre a ribeira,
actualmente subterrânea, assinalada a vermelho
(foto Google earth)
Imagem aérea do local onde existiu a ponte de Alcântara no cruzamento
das Ruas Prior do Crato com a Rua e largo de Alcântara
(foto Google maps)
Cruzamento na passagem de nível entre a Rua de Alcântara e a Rua Prior do Crato
onde se situava a ponte sobre a ribeira na actualidade
(local exacto, marcas no chão) (foto Google earth)
Rua João Oliveira Miguens junto à passagem de nível em Alcântara,
sob a qual corre a ribeira na actualidade (arq. priv.)
Passagem de nível no cruzamento para a Rua Prior do Crato, na actualidade,
sob a qual existiu a ponte de Alcântara (arq. priv.)
Vista geral de Alcântara, do local onde existiu a antiga ponte
e a ponte 25 de abril sobre o Tejo na actualidade (arq. priv.)
Texto:
Paulo Nogueira
Fontes e bibliografia:
Olisipo, boletim do Grupo de Amigos de Lisboa, ano V, nº 18, abril de 1942
DIAS, Marina Tavares, Lisboa Desaparecida, volume 2, Quimera editores, 1990
Blog Paixão por Lisboa
Publicação on line do Gabinete Histórico e Cultural Pampulha
Publicação on line do Gabinete Histórico e Cultural Pampulha
Parabens Paulo Nogueira por este excelente trabalho.
ResponderEliminaradorei a historia nao conhecia a maior parte da mesma morei em alcantara muitos anos
ResponderEliminarfantástico trabalho de pesquisa e de redação. os meus parabéns e obrigado por fazer chegar até nós estas relíquias do passado.
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